domingo, setembro 09, 2007

saiba morrer o que viver não soube

e quando me aproximo,
do teu corpo,
pois assim chamo qualquer coisa
que me esquente a nuca
e por entre vozes e suores
às vezes só uma palavra te continua,
é quando penso estar mais míope do
que os velhos cegos do castelo
perco a inconstância de entender
a imagem o tempo todo e monto
outras imagens que dentro de mim
talvez não percam seu sentido.
e quanto tento explicar-te o
quanto amo e o quanto temo
sai das minhas entranhas sonidos
que me estranham e também me temem.
é mergulhar em dizer-te algo
que não se afoga.
que sempre me engole por assim
tentar roubar do presente
o ínfimo infinito que é.


*'saiba morrer o que viver não soube' - frase roubada do bocage

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