preciso fumar um cigarro
é uma linguagem tão corriqueira que eu quase me arrisco. fumaça muda dentro da minha poesia.
mas hein, que estranhice! me ler é um monte de merda. ainda mais quando a humanidade evapora e posso ser toda seca e áspera e despretenciosamente imbecil. eu quis dizer, infantil.
- mamãe, me dá um cigarro?
- faz mal.
- então por que a sra. fuma?
- porque eu já estou velha.
- ah. então quando eu for uma mamãe do seu tamanho vou poder fumar?
- vai.
e a menina se afastou desengonçada brigando com a boneca.
- que isso maricota, cigarro não é pra você,
dá-me um trago que eu sou bem prepotente.
quinta-feira, setembro 06, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário