domingo, setembro 09, 2007

incertos

chegou em casa, procurou a menina, deve ter percebido que as imagens lhe vinham sóbrias demais. ou incertas, porque escolheu beber um litro de vodca. de leve, a menina sabia, que ela poderia ter chegado, mas não se importou, engoliu de pouco um vinho, e mergulhou na idéia de saber ir embora. num ponto do dia as duas se encontraram, o que você bebeu? - to com cheiro de bebida? - . talvez a menina não devesse prosseguir o assunto, pensou tê-la abraçado e confortado todas as suas dores, mas quando abriu os olhos, ela ainda exalava o mesmo cheiro, e distante. embebeu-se de uma mistura de ódio e amor reprimido, e soltou lágrimas sem saber muito como e porquê. a outra olhava-a assustada, não entendia como aquilo tudo fora acontencer, e muito menos conseguia estender mais um pouco a mão, secar-lhe o rosto. baixou os olhos, não entendo você - .. os olhares mal resolveram-se e calaram. de noite, na cama, entre gritos e pedidos, a menina levou-a até o peito, disse que estava tudo bem. levantou, beijou-lhe os lábios e foi embora.

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