domingo, setembro 09, 2007

absinto-me-de-ti-mas-sempre-vivo.

fui lá em marraqueche, teerã, india, pra ver se te encontrava. mas acho que isso foi tudo sonho, uma mistura de caetano com mahatma. fiquei relendo as coisas e me culpei por ser tão relida. pedi todos os dias de jejum e desabsintações para que eu pudesse ter um corpo novo. não encontrei nenhum pra vender, nem sabia se isso se vendia. voltei a dormir como se antes meu sonho não fosse acordado. não conseguia achar lugar nenhum na cama, como você sempre sabe, devo ser eternamente fora dele. (do lugar). de qualquer forma quis fechar os olhos e consegui, acordei doendo as costas e não sabia se o melhor era acordar. percebi que o ar de ontem ainda estava em mim e que eu precisava de um banho para me desentulhar. mas nunca entendo quantos banhos a gente precisa por dia, tem vezes que não é suficiente. sei apenas que as coisas envelhecem. que as coisas passam. e que precisamos perceber o tempo de cada um. sei mais ainda, que as coisas novas que se tornam antigas, quando são novas de novo todo dia são bem mais bonitas. e aí faço assim, tiro toda a poeira agarrada de mim ontem, deito no chão, e abro o peito, para que elas me agarrem de novo.

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