domingo, setembro 09, 2007

curadores feridos

inventaria a dissolução da tristeza à todos aqueles que não amam e que por entre coisas e espinhos me esquecem. por trás de copos e cabelos, durmo. sinto dormir meus pensamentos também, já que vivo. bebo esses gins vazios de amor, de estranheza, até de mim despregam. pago a conta dos meninos, vou embora. saberia dizer-me se a ferida ainda cura? acordo cantando para distraí-la, talvez não devesse fazer tanto barulho. esperei o dia inteiro para dizer que te amava, perdi as salivas no canto da boca, me engolia de gula? mergulho. salve o amor - dos não amados. a manhã me encanta, a tarde me culpa, a noite me enlouquece.

ao vinho, que ainda me ajuda.

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